Os nomes podem parecer complicados, mas yamas e niyamas nada mais são do que princípios éticos que tem o objetivo de ajudar o ser humano a evoluir. Treinar posturas físicas sem respeitar esses princípios não é praticar yôga em sua verdadeira essência.
YAMAS (condutas éticas do yôga)
AHIMSA:
NAO-VIOLÊNCIA - Quer
dizer não ser violento. O princípio da não-violência consiste em evitar a
agressividade em atos, palavras e pensamentos contra os outros e contra si
mesmo, ou seja, pensar, falar e fazer com amor, sem machucar ninguém. O
praticante de yôga deve observar esse princípio na vida e nas aulas, não sendo
violento com o corpo, não ultrapassando seus limites e respeitando suas
possibilidades. Deve sempre ter intenções boas e evitar o jugamento e o
preconceito. Ao respeitar o ahimsa, o
praticante cria vibrações de paz ao seu redor. Como o ditado diz: "O que você planta você colhe. "
SATYA:
VERACIDADE - Quer dizer não mentir, ser sincero. O praticante de yôga deve alinhar as
palavras, os pensamentos e as ações, ou seja, o que você pensa, você fala e
você faz! Dizer a verdade sempre. Quando a verdade é subjetiva, deve seguir
aquilo que julga ser o certo, lembrando que sua liberdade vai até onde começa
a do outro. Ao respeitar satya, o
praticante cria sossego, harmonia e controle na sua vida.
ASTEYA:
NAO-ROUBAR - Quer
dizer não roubar. Mesmo se você achar alguma coisa sem dono, deve devolver. É ter integridade em ações e pensamentos. Não roubar bens materiais, nem idéias. Asteya também é tentar eliminar as
crenças que causam a necessidade constante de acumular coisas materiais para
ser feliz. Ao respeitar esse princípio, o praticante de yôga cria sossego e
felicidade na sua vida.
BRAHMACHARYA:
MODERAÇÃO DOS SENTIDOS - Tradicionalmente é traduzido como celibato, ou não dissipar a energia
sexual, mas no seu significado mais amplo é a moderação dos sentidos. A busca
pelo prazer em todos os sentidos nos afasta da nossa essência. O praticante de
yôga deve tentar se conectar ao seu interior, aos poucos desapegando-se do
mundo externo.
APARIGRAHA:
NÃO- POSSESSIVIDADE - Quer
dizer não se apegar. O praticante de yôga deve se libertar do hábito de se
identificar com as coisas materiais. Tenha só o necessário para uma vida
confortável e simples, assim não precisa-se preocupar mais com as posses.
Deve-se desapegar também do resultado da prática de yôga. E’ muito importante
que o praticante não fique preocupado com o resultado das posturas físicas.
Isso pode atrapalhar o desenvolvimento da prática. Ao respeitar aparigraha, o praticante cria sossego e
liberdade na sua vida.
NIYAMAS (orientações
para aumentar o autoconhecimento)
SHAUCHA: PUREZA, LIMPEZA - Quer dizer observar a limpeza de seu corpo, tanto
externa como internamente. O lado externo inclui a higiene básica, um ambiente
harmonioso para morar e uma comida saudável para comer. O lado interno inclui
uma mente livre de preocupacao, ser capaz de se livrar do remorso e da culpa.
Assim como o banho diário mantem o corpo limpo por fora, a prática de yôga
livra o organismo das toxinas que obstruem os canais energéticos e causam as doenças.
Ao respeitar o shaucha, o praticante
aumenta a concentração e o autoconhecimento.
SANTOSHA:
CONTENTAMENTO - Quer
dizer estar satisfeito com as coisas do jeito que elas são. O praticante de
yôga deve ter alegria pelo que se é, e nao pelo que se tem. O ter e’ apenas
uma consequencia do ser. O santosha é a paz interior, é estar presente no
presente, aceitar a sua prática e a sua vida do jeito que elas são. Ao
respeitar esse princípio, o praticante sente-se permanentemente feliz.
TAPAS: ESFORCO,
DISCIPLINA - Quer
dizer ter entusiasmo para a sua prática de yôga, sentir o desejo de aprender e
melhorar. Além da prática, na vida em geral, é preciso aplicar toda nossa
força de vontade para conquistar nossos objetivos, com muita disciplina e
dedicação, mas com espontaneidade também. Ao respeitar tapas, o praticante de yoga elimina as impurezas e vai em direção
ao autodesenvolvimento.
SVADHYAYA:
AUTO-ESTUDO - Quer
dizer se observar sem preconceitos e sem reações, ser uma testemunha neutra de
si mesmo. O praticante de yôga deve observar permanentemente seus atos,
palavras, pensamentos, emoções e também seu físico. O objetivo é ter
consciência completa do corpo, da mente e dos sentimentos, 24 horas por dia! Ao
respeitar svadhyaya, o praticante
cria espaço e equanimidade na sua vida.
ISVARAPRANIDHANA:
ENTREGA - Depois
de observar todos os outros mandamentos do yôga, o praticante deve entregar-se
completamente ao poder do universo, confiando em que tudo conspira a nosso
favor. É também o amor incondicional para todos, ter um coração aberto. Ao
respeitar esse princípio, o praticante cria sossego, união e consciência.
Muito interessante!
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